A Nossa Distinção

A Palavra de Deus

Cremos que a Bíblia nos seus 66 livros, é a Palavra de Deus revelada em linguagem humana, escritas por homens santos de Deus e inspirada pelo Espírito Santo (II Timóteo 3.15-17; II Pedro 1.20-21) de tal forma que cada palavra de toda a Bíblia, nos manuscritos originais, é a Palavra de Deus (Mateus 5.18). Todo o seu conteúdo é verdade, sendo completamente isento de erros (João 10.35; 17.17). A Bíblia é a única autoridade do crente em matéria de fé e prática, padrão de avaliação da doutrina e conduta humanas (Hebreus 4.12), cujo propósito é comunicar a natureza e vontade de Deus ao ser humano (Romanos 10.17; II Timóteo 3.15-17). Ela deve ser interpretada de forma literal, histórica e gramatical. Ela também é suficiente, sendo relevante para o cristão moderno e contendo tudo o que ele necessita.

A Pessoa e Obra de Deus

Cremos que há um só Deus (Êxodo 20.2-3; Deuteronómio 6.4) que existe eternamente em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo (Mateus 28.19). Estas três pessoas são iguais em poder, atributos e glória, mas executam ofícios distintos (João 3.16; 5.19-23; 10.30-39; 14.16-17; 16.5-15). Por ser único, somente Deus é digno de adoração. Ele é santo, justo e amor (Êxodo 34.6-7; Is 6.1-4; Tiago 1.13, 16-17; I Pedro 1.15-16; I João 1.16). Ele é o Rei eterno, imortal e invisível que habita em luz inatingível e cheia de glória (I Timóteo 1.17; 6.15-16). Ele criou o universo diretamente, sem o uso de matéria preexistente e fez isto em seis dias normais, sem utilizar qualquer processo de evolução (Génesis 1.1-31; Êxodo 20.11; Hebreus 11.3)

A Pessoa e Obra de Jesus Cristo

Cremos em Jesus Cristo, a segunda pessoa da Trindade Divina, o Filho de Deus (João 1.1-4; 3.16; 8.58), que recebeu corpo e natureza humanos (João 1.14) e veio ao mundo para morrer na cruz pelos pecados do mundo (João 3.14-16; I Coríntios 15.3-4). Ele nasceu da virgem Maria por obra e graça do Espírito Santo (Mateus 1.18-25) e passou a ter duas naturezas distintas: divina e humana (Romanos 1.3-4). Na Sua pessoa, Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem (Colossenses 1.19; 2.9). A Sua missão neste mundo foi de revelar o Pai (João 1.18; 14.8-9) e consumar a redenção dos seres humanos, através do Seu sacrifício santo e substitutivo (II Coríntios 5.21; I Pedro 2.21-25; 3.18). Após a sua morte, Ele ressuscitou, subiu aos céus (Atos 1.3,9) e foi exaltado à direita de Deus (Salmo 110.1; Hebreus 12.2). Ele é o único mediador entre Deus e o homem (I Timoteos 2.5-6), e somente através Dele o ser humano pode ter acesso a Deus (João 14.6; Atos 4.11-12). Hoje, Ele intercede pelos santos (Hebreus 4.14-16) e é o Cabeça da igreja (Efésios 1.22-23; 4.15-16). No Seu lugar, Ele enviou o Espírito Santo como Consolador e Guia (João 14.16- 17).

A Pessoa e Obra do Espírito Santo

Cremos no Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade Divina e que, portanto, possui todos os atributos de personalidade e divindade (João 14.16-18; 16.8-11; Atos 5.3-4; I Coríntios 2.10; 12.11; Efésios 4.30). Ele exerce muitas funções nesta época (neste momento). Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (João 16.7-11). No instante da salvação, Ele regenera, sela e habita todos os crentes e todos eles são batizados nEle (no Espírito Santo) (João 3.3-8; 16.12-15; I Coríntios 12.13; Efésio 1.13-14). Finalmente, Ele guia os crentes e ensina-os a andar nos caminhos de (da) justiça e (da) santidade, de acordo com a Bíblia (João 16.12-15; Romanos 8.12-15; Gálatas 5.16-23; I João 2.20, 27).

A Natureza e Queda do Homem

Cremos que o homem foi criado por Deus à Sua imagem e semelhança, em perfeição e santidade (Génesis 1.26-27; 9.5-6; Tiago 3.9). Ele, porém, voluntariamente transgrediu a proibição divina e perdeu o estado de (da) santidade que o Criador lhe dera (Génesis 2.16-17; 3.1-7). Desta forma, o ser humano corrompeu-se em todas as suas faculdades: vontade, inteligência e emoções. Ainda em consequência desta desobediência, todos nascem pecadores, com a natureza pecaminosa, e praticam pecados em pensamento, palavra e ação (Romanos 3.10- 18, 23; 5.12-21). Por isso, acham-se sob condenação e ruínas eternas, estão mortos espiritualmente (isto é, separados de Deus), sem nenhuma desculpa ou defesa e, por si só, são totalmente incapazes de remediar a sua condição perdida (Mateus 5.20-48; Romanos 1.18; Efésios 2.1-3).

A Salvação pela Graça de Deus

Cremos que a salvação procede completamente de Deus e não do homem (Efésios 2.8-9). O homem natural está morto espiritualmente (Efésios2.1-3) e não tem qualquer poder para buscar a Deus ou salvar-se a si mesmo (Romanos 3.9- 18). Nada no homem é bom (Is 64.6; Jr 17.9): ele é inimigo de Deus e está debaixo da ira de Deus (Romano 1.18; 3.9- 18; 5.6-11; Efésios 2.3). A salvação é concedida gratuitamente ao pecador pela morte e ressurreição de Jesus Cristo (Romanos 3.21-26; 6.23; I Coríntios 15.1-4; I Pedro 2.24; 3.18) e é recebida somente quando o pecador se arrepende e crê, depositando a sua confiança somente em Cristo como o seu Salvador (João 3.14-18, 36; 5.24; Atos 3.19; Romanos 4.1-8). Obtê-la ou mantê-la não depende de méritos humanos (Tito 3.4-7; I João 5.9-13). É Deus que toma a iniciativa de salvar o pecador, assim como de aperfeiçoá-lo até ao Dia de Cristo (João 1.12-13; 3.5-7; 6.37; 15.16; Fp 1.6). Por isso, uma pessoa salva não pode perder a salvação (João 10.27-30; Efésios 1.13-14; I Pedro 1.5).

A Igreja Total e a Igreja Local

Cremos na igreja total (Hebreus 12.22-24) como o conjunto de pessoas salvas em Jesus Cristo desde o Dia de Pentecostes (Atos 2) até à volta (vinda) de Jesus para arrebatar os santos para junto de Si (I Tessalónicas 4.13-18). Ela inclui os “mortos em Cristo”, que se acham no céu e que serão ressuscitados na volta de Cristo (I Tessalónicas 4.13-18). A igreja total somente se fará visível quando se reunir com Cristo em glória (Efésios 5.25-27). A igreja é distinta de Israel (Efésios 2.11-3.13). Ela é composta só de pessoas salvas (Efésios 2.11-22), tem Cristo por cabeça (Efésios 1.22-23; 4.15-16) e não admite distinções baseadas em raça (judeu ou gentio), estado (escravo ou livre) ou sexo (homem ou mulher) (Gálatas 3.26-28; Efésios 2.11-22; Cl 3.9-11).

Cremos na igreja local (Atos 13.1; 16.5; Romanos 16.1,5; I Coríntios 1.2; Gálatas 1.2), uma assembleia voluntária de pessoas, que publicamente professaram fé em Jesus Cristo como Salvador e que, posteriormente, foram batizadas por imersão (Atos 2.41; Romanos 1.7; I Coríntios 1.2; Filipenses 1.1). Uma pessoa torna -se membro da igreja local só depois que professa fé em Jesus como Salvador e é batizada. Esta foi a ordem seguida na primeira igreja em Jerusalém (Atos 2.41). A igreja local é a legítima agência da Obra de Deus nesta dispensação e existe para, dentre outras coisas, reunir os membros para adorarem juntos ao Deus Triuno. Observarem as ordenanças de Jesus (batismo e ceia do Senhor). Edificarem-se mutuamente através do ensinamento da Palavra de Deus; manterem comunhão uns com os outros; servirem-se uns aos outros pelo amor e promoverem a evangelização do mundo inteiro (Atos 2.42-47; 4.32-35; 13.1-5; Efésios 4.15-16; I Timóteo 3.14-15).

Os Anjos Bons e Maus

Cremos que os anjos são espíritos pessoais criados por Deus para servir como mensageiros e ministros de Deus (Hebreus 1.13-14). Eles foram criados individualmente em estado de perfeição moral (Salmo 148.2-5; Colossenses 1.15-16) e classificados em diversas ordens, tais como, arcanjo, querubim e serafim (Génesis 3.24; Is 6.1-3; Juda 9). Quando aparecem a homens, normalmente o fazem em forma humana (Génesis 18.1-3; 32.24-29). Os que permanecem fiéis a Deus são chamados anjos eleitos (1 Timóteo 5.21). Os que se rebelaram contra Deus e caíram são chamados de demônios ou espíritos imundos (Mateus 9.32-34; Lucas 4.33-35). Satanás foi o ser angelical mais exaltado, mas se corrompeu voluntariamente pelo pecado e liderou uma rebelião angelical contra Deus (Isaías 14.12-15; Ezequiel 28.11-16). Ele e seus seguidores demoníacos procuram incessantemente frustrar os propósitos de Deus e seduzir os homens a segui-los. Eles são capazes de possuir pessoas, oprimi-las, tentá-las para o mal e acusar os cristãos (Lucas 13.11-16; 1 Tessalonicas 3.5; Apocalipse 12.10). Vencidos por Cristo na cruz do Calvário, eles caminham para o castigo eterno já determinado: a eterna perdição no lago de fogo e enxofre, onde serão atormentados para sempre (João 16.8-11; Hebreus 2.14-15; Apocalipse 20.10). O cristão não é exortado a confrontar Satanás e suas forças diretamente, apenas a resistir e equipar-se contra eles (Efésios 6.10-18; Tiago 4.7; I Pedro 5.8-9).

O Retorno Pré-milenar e Pré-tribulacional de Cristo

Cremos que Jesus Cristo virá corporalmente à terra uma segunda vez (Atos 1.6-11). Esta volta ocorrerá em duas etapas. Primeiro, Cristo voltará nas nuvens para arrebatar e levar ao céu todos aqueles, vivou ou mortos, que estão em Cristo — isto é, que foram salvos durante o período da igreja (I Tessalónicas 4.13–5.11). Esta etapa está para acontecer a qualquer instante, sem aviso. Depois do arrebatamento virá a tribulação, um período de julgamento intenso sobre a terra (Apocalipse 3.10) caracterizado pela apostasia religiosa generalizada e pelo domínio mundial do anticristo e do falso profeta (2 Tessalónicas 2.1-12; Apocalipse 6-12). A tribulação, que corresponde à septuagésima semana de Daniel, durará por sete anos (Daniel 9.24-27; Mateus 24.3-29). Depois da tribulação, Cristo, com Sua igreja, voltará em glória à terra para reinar por mil anos e estabelecer a nação de Israel em sua própria terra (Is 9.6-7; 11.1-16; Apocalipse 19.11-16; 20.1-6). Depois do reino milenar virão o julgamento final e a eternidade (Apocalipse 20.7-15). Na eternidade, todos os remidos viverão corporal e eternamente na presença de Deus, enquanto os perdidos, juntamente com Satanás e seus anjos, sofrerão consciente e eternamente no lago de fogo (João 14.1-3; Apocalipse 20.11-15; 21.1-22.17)